A miopia é uma condição refrativa cada vez mais comum, prevê-se que em 2050 possa afetar 50% da população mundial. O seu aparecimento em idade precoce, aumenta a probabilidade de desenvolver condições mais tarde, que podem colocar em risco a capacidade visual de quem a possui. (ver MIOPIA).
Não sendo uma condição que regrida, tendendo mesmo a aumentar com o passar dos anos, a melhor opção é evitar o seu aparecimento, o que nem sempre é possível. Caso a miopia já esteja instalada, então controlar a forma como o erro refrativo evoluí pode ser o fator diferencial no futuro.
Na maioria dos casos a miopia resulta de um aumento do comprimento do olho. O desenvolvimento de algumas condições oculares, suscetíveis de comprometerem a capacidade visual, aumenta com o alongar do olho. Se o comprimento ultrapassar os 30 mm a probabilidade de desenvolver alguma condição incapacitante é de cerca de 90%, quando o comprimento não ultrapassa os 26 mm a probabilidade é de apenas 3.8%.
O olho de um recém-nascido é de cerca 16,8 mm e aumenta aproximadamente 3,9 mm nos dois primeiros anos de vida, a após isto irá continuar a crescer de forma mais lenta, estabilizando por volta dos 16 anos num comprimento total de aproximadamente 25mm.
O controlo do desenvolvimento da miopia é uma preocupação antiga. Estudos recente demonstraram que a única forma de controlar o crescimento do comprimento axial do olho é conseguir que se evite um desfocado periférico na retina *. A presença de um desfocado na periferia da retina, resultante da compensação da miopia recorrendo ao uso de lentes convencionais é um fator predisponente para o aumento do comprimento do olho.
As lentes de controlo de miopia têm como objetivo controlar o crescimento do globo ocular. Estudos científicos revelam a sua elevada eficácia, quer se trate de lentes de contacto (52%) ou de lentes oftálmicas (superior a 60%). Sendo lentes de tratamento devem ser utilizadas por um período mínimo de 12 horas diárias.